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19 de Setembro: Dia do médico ortopedista — A ciência do movimento e os guardiões da mobilidade humana

Com mais de 20 mil especialistas no Brasil, a ortopedia se destaca como uma das áreas médicas mais relevantes, responsável por cuidar do sistema musculoesquelético e referência mundial em ensino e pesquisa.

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No dia 19 de setembro, o Brasil celebra o Dia do Médico Ortopedista, uma data que vai muito além da simples homenagem. Trata-se de um reconhecimento àqueles que dedicam a vida a estudar, preservar e restaurar o movimento humano — um dos pilares da autonomia, dignidade e qualidade de vida. A ortopedia, que hoje é sinônimo de precisão técnica, evolução científica e atuação multidisciplinar, teve uma trajetória marcada por desafios, transformações e, mais recentemente, pelo avanço da diversidade dentro da profissão.

A origem da data e sua relevância

O Dia do Médico Ortopedista foi instituído para valorizar o trabalho desses especialistas fundamentais na medicina. A escolha do 19 de setembro se relaciona à fundação da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), em 1935, no Rio de Janeiro. A criação da SBOT marcou um divisor de águas na sistematização do ensino e da prática ortopédica no país, fortalecendo a categoria e elevando o padrão científico da especialidade no Brasil.

Ortopedia: do improviso à alta tecnologia

A palavra “ortopedia” vem do grego orthos (reto) e paidós (criança), e seu surgimento, no século XVIII, estava originalmente relacionado ao tratamento de deformidades infantis. No entanto, com o tempo e com o avanço das guerras — especialmente as mundiais — a especialidade passou a se ocupar também das fraturas traumáticas, lesões esportivas, doenças degenerativas e disfunções complexas da locomoção. No Brasil, o desenvolvimento da ortopedia foi impulsionado por figuras pioneiras como Achilles de Araújo e Luiz Pedro Guimarães, que trouxeram conhecimento europeu e adaptaram às realidades tropicais e sociais do país.

Hoje, a ortopedia é uma das especialidades mais exigentes e tecnológicas da medicina moderna. Com o uso de inteligência artificial, impressão 3D de próteses, cirurgias minimamente invasivas e robótica, os médicos ortopedistas têm à disposição ferramentas que não apenas salvam membros, mas devolvem liberdade a quem havia perdido a esperança de caminhar, correr ou simplesmente viver sem dor.

O ortopedista como agente da funcionalidade humana

Mais do que operar ossos ou prescrever reabilitação, o ortopedista é um restaurador da funcionalidade. Em um mundo onde o sedentarismo, o envelhecimento populacional e os traumas urbanos aumentam, sua atuação se tornou estratégica na saúde pública e privada. A ortopedia está na linha de frente da luta contra o impacto das doenças osteoarticulares, que lideram o ranking de afastamentos no trabalho e comprometem severamente a independência de milhões de brasileiros.

As mulheres na ortopedia: da resistência ao protagonismo

Durante décadas, a ortopedia foi vista como uma especialidade essencialmente masculina, associada à força física e à rotina hospitalar intensa. No entanto, essa visão começou a ser desconstruída com a entrada de mulheres determinadas a ocupar seu espaço com excelência técnica e empatia. Hoje, embora ainda representem menos de 10% dos ortopedistas do país, as mulheres vêm assumindo posições de liderança, protagonizando pesquisas científicas e mostrando que precisão e sensibilidade podem — e devem — coexistir no centro cirúrgico.

A médica ortopedista é também símbolo de superação de barreiras históricas e culturais. Sua presença inspira meninas a acreditarem que podem ser o que quiserem, inclusive especialistas em reconstruir colunas, joelhos, articulações ou histórias de vida. Iniciativas como a “Ortopedistas Brasil Mulheres” e grupos de apoio à equidade de gênero na SBOT reforçam esse novo cenário, ainda desafiador, mas já transformador.

Um tributo àqueles que devolvem a liberdade ao corpo humano

Neste 19 de setembro, ao lembrar o Dia do Médico Ortopedista, mais do que parabenizar uma categoria, é preciso reconhecer sua missão vital: devolver às pessoas aquilo que muitas vezes tomamos como garantido — o simples ato de se mover. Por trás de cada passo reabilitado, de cada atleta que volta ao jogo ou de cada idoso que recupera sua autonomia, existe o olhar técnico, a mão precisa e o coração comprometido de um ortopedista.

Que a data seja não apenas comemorativa, mas reflexiva: sobre a importância da ciência médica, da valorização dos profissionais da saúde e da urgência de construir um sistema cada vez mais inclusivo, atualizado e humano. Porque, no fim das contas, mover-se é viver — e os ortopedistas são os grandes engenheiros dessa liberdade.

Consulte seu médico!

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