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Acidentes com motos disparam no Rio: hospitais municipais atendem 80 feridos por dia

Rede pública amplia leitos e direciona recursos para enfrentar aumento de 60% nos acidentes com motociclistas em 2025.

Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo Crédito:

Os hospitais municipais do Rio de Janeiro estão enfrentando uma pressão crescente devido ao aumento expressivo no número de acidentes com motociclistas. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, até a última semana, foram registrados 20.775 atendimentos de vítimas de acidentes com moto somente nas unidades da prefeitura. Isso equivale a uma média de 80 casos por dia — um crescimento de 60% em relação ao mesmo período de 2024.

Com o avanço da frota de motos no país — que quintuplicou nas últimas duas décadas — e a intensificação do uso do modal em grandes cidades, a capital fluminense tem assistido a um aumento alarmante nas colisões envolvendo motos, principalmente em cruzamentos urbanos e vias expressas.

Sistema de saúde sob pressão

Diante dessa realidade, o município foi obrigado a reforçar a estrutura hospitalar voltada para o atendimento de traumas relacionados ao trânsito. No Hospital Municipal Barata Ribeiro, na Mangueira, foi inaugurado um setor com 25 vagas dedicadas exclusivamente às vítimas de acidentes viários. Já o Hospital Federal do Andaraí, sob gestão municipal, passou a contar com 27 leitos adicionais praticamente voltados a motociclistas feridos.

O impacto no orçamento público também é expressivo. Em 2024, o município investiu R$ 130 milhões apenas no tratamento de pessoas acidentadas em motos, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde.

Cirurgias e amputações em alta

Segundo o secretário Daniel Soranz, 40% das cirurgias ortopédicas de urgência na rede pública estão ligadas a acidentes de trânsito, sendo que 82% dessas envolvem motociclistas — uma estatística que evidencia a gravidade da situação.

Além disso, os traumas têm resultado em consequências permanentes para muitas vítimas. Em 2024, 57 pessoas precisaram passar por amputações após acidentes de trânsito, número significativamente superior às amputações causadas por violência armada, que somaram dez no mesmo período.

Comportamento de risco contribui para acidentes

Entre os fatores mais apontados pelos profissionais da saúde para esse cenário estão o uso inadequado do capacete, a alta velocidade e, mais recentemente, o uso do celular ao pilotar, comportamento cada vez mais observado nos atendimentos hospitalares.

Em vias de grande movimentação, como a Linha Amarela, o cenário também é preocupante. Nos oito primeiros meses de 2025, ocorreram 403 acidentes com motociclistas, 30% a mais do que no ano anterior, resultando em três mortes confirmadas pela concessionária Lamsa.

Outros dados do trânsito carioca

Outro ponto de alerta é o número de atropelamentos. Embora em queda, os registros ainda preocupam: 1.219 pessoas foram atropeladas nos primeiros seis meses de 2025, conforme levantamento do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP), representando uma redução de 15% em relação ao mesmo período do ano passado.

Fonte original: O Globo – Reportagem de Felipe Grinberg, publicada em 25/09/2025
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