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Bursite no quadril: como aliviar a dor sem medicamentos

Embora medicamentos anti-inflamatórios sejam comuns, existem alternativas eficazes para aliviar o desconforto e restaurar a mobilidade.

Crédito: freepik Crédito:

A bursite no quadril é uma inflamação da bursa trocantérica, uma pequena bolsa cheia de líquido que atua como amortecedor entre os tendões, músculos e ossos da região. A condição causa dor intensa na lateral do quadril, que pode irradiar para a coxa e piorar ao subir escadas, deitar de lado ou caminhar por longos períodos. Embora medicamentos anti-inflamatórios sejam comuns, tratamentos conservadores e terapias manuais oferecem alternativas eficazes para aliviar o desconforto e restaurar a mobilidade. Saiba como enfrentar a bursite sem depender de remédios.

Repouso relativo e modificação de atividades

O primeiro passo é evitar movimentos que sobrecarreguem o quadril, como corridas, saltos ou ficar sentado por horas em superfícies duras. Porém, o repouso absoluto não é recomendado, pois pode enfraquecer a musculatura.

O que fazer:

  • Pausas estratégicas: Intercale períodos sentado com breves caminhadas.
  • Evite cruzar as pernas: Essa posição comprime a bursa inflamada.
  • Use calçados adequados: Opte por tênis com amortecimento para reduzir impactos.

Terapia fria (crioterapia)

A aplicação de gelo ajuda a reduzir a inflamação e a dor aguda.

Como aplicar:

  • Envolva uma bolsa de gelo em um pano fino.
  • Coloque na lateral do quadril por 15-20 minutos, 3 vezes ao dia.
    Dica: Combine com elevação das pernas para melhorar a circulação.

Fisioterapia com exercícios de fortalecimento e alongamento

A fisioterapia é a base do tratamento conservador. O foco é fortalecer os músculos glúteos, estabilizar a pelve e alongar estruturas tensionadas, como o trato iliotibial (banda lateral da coxa).

Exercícios-chave:

  • Clamshell: Deitado de lado, com joelhos flexionados, abra e feche as pernas como uma concha, mantendo os pés unidos (fortalece glúteo médio).
  • Alongamento do trato iliotibial: Em pé, cruze uma perna atrás da outra e incline o tronco para o lado oposto, segurando por 30 segundos.
  • Ponte glútea: Deitado de costas, eleve o quadril contraindo os glúteos.

Terapias manuais

Técnicas aplicadas por fisioterapeutas ou osteopatas ajudam a liberar tensões musculares e melhorar a mobilidade articular.

Técnicas eficazes:

  • Liberação miofascial: Uso de rolos ou pressão manual para relaxar a fáscia (tecido conjuntivo) do quadril e coxa.
  • Mobilização articular: Movimentos suaves para reequilibrar a articulação do quadril e reduzir atrito na bursa.
  • Massagem terapêutica: Foco nos músculos tensor da fáscia lata, glúteos e piriforme, que costumam estar enrijecidos.

Eletroterapia e ultrassom terapêutico

Recursos fisioterapêuticos como TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea) e ultrassom aceleram a recuperação:

  • TENS: Alivia a dor através de correntes de baixa frequência.
  • Ultrassom: Ondas sonoras promovem reparo tecidual e reduzem inflamação.

Correção postural e ergonomia

Maus hábitos posturais, como inclinar o corpo para um lado ao ficar em pé ou sentar com desequilíbrio pélvico, agravam a bursite.

Ajustes recomendados:

  • Almofadas de assento: Use uma almofada em formato de “U” para evitar pressão direta no quadril ao sentar.
  • Altura da cadeira: Mantenha os joelhos alinhados aos quadris ao trabalhar.
  • Evite dormir de lado: Se necessário, coloque um travesseiro entre os joelhos para alinhar a pelve.

Pilates ou yoga adaptados

Ambas as práticas melhoram a consciência corporal, a flexibilidade e o fortalecimento sem impacto.

Movimentos seguros:

  • Postura da criança (Yoga): Alonga a região lombar e quadris.
  • Exercícios de estabilização no Pilates: Como a série de “quadrúpede” para ativar o core.

Acupuntura

A inserção de agulhas em pontos específicos ajuda a modular a dor e reduzir a inflamação local, segundo estudos.

Benefícios comprovados:

  • Liberação de endorfinas (analgésicos naturais).
  • Melhora da circulação sanguínea na região.

Quando considerar infiltração ou cirurgia?

A maioria dos casos responde bem aos tratamentos conservadores, mas se a dor persistir por mais de 6 meses, opções como infiltração com corticosteroides ou cirurgia (remoção da bursa) podem ser discutidas com um ortopedista.

Prevenção para evitar recorrências

  • Fortaleça a musculatura do core: Uma pelve estável protege o quadril de sobrecargas.
  • Evite treinos excessivos: Aumente a intensidade dos exercícios gradualmente.
  • Mantenha o peso saudável: O sobrepeso pressiona as bursas do quadril.

A bursite no quadril não precisa ser controlada apenas com medicamentos. Através de exercícios direcionados, terapias manuais e ajustes no dia a dia, é possível aliviar a dor, recuperar a função e prevenir novas crises. Lembre-se: cada caso é único, e um fisioterapeuta ou ortopedista deve guiar o plano terapêutico para garantir resultados seguros e duradouros.

Este conteúdo é informativo e não substitui atendimento profissional. Consulte um especialista para diagnóstico e tratamento personalizados.

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