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Dor na articulação sacroilíaca: abordagem atual da (ASI)

Esta articulação conecta a base da coluna vertebral aos ossos pélvicos, desempenha um papel crucial na transferência de carga entre a parte superior e inferior do corpo.

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A dor na articulação sacroilíaca (ASI) é uma condição complexa e muitas vezes subestimada, causando desconforto significativo para indivíduos de todas as idades. A ASI desempenha um papel crucial na estabilidade e função da pelve e da coluna lombar. Compreender a dor proveniente desta articulação é essencial para o diagnóstico preciso e o tratamento eficaz de pacientes com essa condição.

Etiologia e patofisiologia

A ASI é uma articulação sinovial composta pelas superfícies sacrais e ilíacas, com a função de transferir a carga do tronco para a pelve e membros inferiores. A dor na ASI pode ser causada por uma variedade de condições, incluindo trauma, inflamação, degeneração articular, disfunção muscular e alterações biomecânicas.

Estudos recentes têm destacado a importância da ASI na geração de dor lombar, especialmente em pacientes com dor crônica na região lombar baixa. Mecanismos complexos envolvendo a irritação dos nervos sacrais e a inflamação local contribuem para a manifestação da dor na ASI.

Diagnóstico e avaliação clínica

O diagnóstico da dor na ASI é frequentemente desafiador devido à sua sobreposição de sintomas com outras condições da coluna lombar e pélvica. A avaliação clínica cuidadosa, combinada com testes específicos de provocação da ASI, como o teste de compressão sacroilíaca e o teste de distensão sacroilíaca, é fundamental para diferenciar a origem da dor e direcionar o tratamento adequado.

A imagem diagnóstica desempenha um papel essencial na avaliação da ASI. A ressonância magnética (RM), a tomografia computadorizada (TC) e a artrografia são modalidades eficazes para visualizar a articulação sacroilíaca e identificar possíveis alterações estruturais que contribuem para a sintomatologia.

Tratamento e abordagens terapêuticas

O manejo da dor na ASI é multifacetado e visa aliviar os sintomas, restaurar a função e melhorar a qualidade de vida do paciente. As abordagens terapêuticas incluem:

  1. Tratamento Conservador: Terapias físicas, modificação da atividade, medicamentos anti-inflamatórios, injeções de corticosteroides e a fisioterapia são comumente utilizados para aliviar a dor e melhorar a mobilidade.
  2. Intervenções Minimamente Invasivas: Ablação por radiofrequência, infiltração de anestésicos e agentes anti-inflamatórios diretamente na ASI, bem como terapias regenerativas, como a infiltração de plasma rico em plaquetas (PRP), podem proporcionar alívio sintomático significativo em alguns pacientes.
  3. Cirurgia: Em casos refratários ao tratamento conservador, a fusão sacroilíaca é uma opção cirúrgica que visa estabilizar a articulação e aliviar a dor crônica.

A dor na articulação sacroilíaca é um desafio clínico que requer uma abordagem abrangente e multidisciplinar. Com a evolução das técnicas de diagnóstico e tratamento, a perspectiva para os pacientes com essa condição é cada vez mais promissora. A individualização do manejo terapêutico, considerando a etiologia específica da dor na ASI em cada caso, é essencial para otimizar os resultados clínicos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados.

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