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Educação no trânsito: medida para reduzir lesões ortopédicas entre motociclistas no Brasil

Pesquisa realizada pela SBOT, mostra que trânsito tem sido o maior e mais complexo desafio global na área de emergências e traumas, com impactos na saúde, na economia, na produtividade e na área sócio emocional.

Crédito: freepik

Com o crescimento do número de motociclistas nas cidades brasileiras, a educação no trânsito se tornou um fator crítico na prevenção de acidentes e, consequentemente, de lesões ortopédicas. Um estudo da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) revelou que, embora 84,4% dos motociclistas reconheçam a importância da educação no trânsito, apenas 48,6% participaram de cursos de direção defensiva. Essa disparidade pode ter implicações sérias para a saúde pública.

Lançado durante a Semana Nacional de Trânsito, que ocorreu entre 18 e 25 de setembro, o estudo ressalta a urgência de implementar programas de educação no trânsito para proteger a saúde dos motociclistas e da população em geral.

O cenário atual

Atualmente, o Brasil conta com mais de 13 milhões de motocicletas registradas, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A SBOT entrevistou 1.000 pessoas de todas as regiões do país e descobriu que mais de 50% dos motociclistas utilizam suas motos como ferramenta de trabalho diário. No entanto, 58,5% dos entrevistados não possuem registro de “exerce atividade remunerada” (EAR) na CNH, o que levanta questões sobre a segurança e o treinamento desses motoristas.

Informações do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) indicam que as lesões causadas por acidentes de motocicleta representam uma parte significativa das internações relacionadas a traumas ortopédicos, com graves consequências físicas e financeiras para os envolvidos.

A importância da educação no trânsito

A educação no trânsito é crucial para a formação de motociclistas, informando-os sobre práticas seguras, regras de circulação e a importância de usar equipamentos de proteção. Segundo a pesquisa da SBOT, embora 86,2% dos entrevistados reconheçam os riscos de paralisia em acidentes de moto, 73% admitem não respeitar as leis de trânsito. Essa disparidade indica uma grande lacuna entre conhecimento e comportamento, especialmente considerando que 50,2% dos entrevistados afirmaram que a pressão por entregas rápidas afeta a segurança no trânsito.

Levando em conta os principais pontos abordados pelos cursos de direção defensiva, podemos destacar:

  • Condução segura: Importância de limites de velocidade, distâncias de segurança e orientações para situações adversas.
  • Uso correto de equipamentos de proteção: Necessidade de capacetes adequados, jaquetas e calçados apropriados.
  • Reconhecimento de riscos: Identificação de perigos no trânsito e estratégias para evitá-los.

Consequências das lesões ortopédicas

Lesões resultantes de acidentes de motocicleta exigem internações prolongadas e reabilitação extensa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 1,3 milhão de pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito no mundo, enquanto milhões sofrem lesões que requerem atenção médica. Muitas dessas injúrias têm efeitos duradouros, afetando a qualidade de vida e gerando custos significativos para os sistemas de saúde.

A pesquisa da SBOT revela que 77,1% dos entrevistados conhecem alguém que se feriu ou faleceu em acidentes de motocicleta, um dado que destaca a gravidade da situação.

Chamada à ação

Especialistas em ortopedia e saúde pública fazem um apelo urgente para que programas de educação no trânsito sejam implementados de forma abrangente. Os dados da SBOT mostram que 63,1% dos entrevistados acreditam que a maior fiscalização no trânsito é uma solução necessária. Além disso, 56,5% ressaltam a criação de motovias como uma medida prioritária para melhorar a segurança dos motociclistas.

Diante desse cenário, é imperativo que motociclistas e autoridades reconheçam a importância de investir em educação no trânsito. Isso significa maior proteção não apenas para quem pilota, mas também para pedestres e outros motoristas, contribuindo para um ambiente mais seguro nas vias urbanas.

Um futuro mais seguro

Com uma mudança de mentalidade e um aumento na participação em cursos de educação, é viável reduzir o número de acidentes e, consequentemente, as lesões que afetam a vida de milhares de brasileiros. O investimento em educação no trânsito representa um compromisso com a saúde e a segurança coletiva, essencial para a construção de um futuro mais seguro nas ruas do Brasil.

Clique aqui e confira a pesquisa na íntegra.

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Lesões

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