A fratura de Busch-Hoffa é uma lesão grave e pouco discutida que afeta o joelho, exigindo atenção imediata para evitar sequelas. Neste guia, você entenderá o que é, como ocorre, e quais são os tratamentos mais eficazes para recuperar a mobilidade com segurança.
O que é a fratura de Busch-Hoffa?
A fratura de Busch-Hoffa é uma lesão no côndilo femoral posterior (parte posterior do osso da coxa), caracterizada por uma quebra no plano coronal (vertical). É comum em acidentes de alto impacto, como:
- Colisões de trânsito (joelho batendo no painel do carro).
- Quedas de altura em esportes radicais.
- Traumas diretos durante práticas esportivas (futebol, rugby).
Essa fratura é considerada complexa devido à dificuldade de diagnóstico e risco de complicações, como artrose precoce, se não tratada adequadamente.
Sintomas: como reconhecer a lesão
Os sinais costumam ser intensos e incluem:
- Dor aguda na parte posterior do joelho, pior ao movimentar a perna.
- Inchaço e hematoma visíveis ao redor da articulação.
- Dificuldade para estender o joelho ou apoiar o peso no membro afetado.
- Sensação de instabilidade na região.
Atenção: Muitos confundem os sintomas com entorses graves. Procure um ortopedista imediatamente se houver histórico de trauma + dor incapacitante.
Diagnóstico: exames essenciais
Além do exame físico, são necessários:
- Radiografia (raio-X): Identifica a linha da fratura, mas pode não ser suficiente em casos complexos.
- Tomografia computadorizada: Revela detalhes da fratura em 3D, crucial para planejar a cirurgia.
- Ressonância magnética: Avalia lesões associadas (ligamentos, meniscos).
Tratamento: cirurgia é sempre necessária?
Depende da gravidade:
1. Casos não cirúrgicos (raros)
- Indicado apenas para fraturas não deslocadas e estáveis.
- Uso de imobilizador (órtese) por 6-8 semanas.
- Fisioterapia precoce para evitar rigidez.
2. Cirurgia: técnicas mais usadas
- Fixação interna com parafusos: Estabiliza fragmentos ósseos.
- Placas anatômicas: Para fraturas multifragmentadas.
- Artroscopia: Minimamente invasiva, usada em lesões associadas.
Recuperação pós-cirúrgica:
- 2 a 3 dias de internação.
- Fisioterapia iniciada em 1-2 semanas.
- Retorno às atividades leves em 3 meses.
Complicações comuns se negligenciada
- Artrose pós-traumática: Desgaste acelerado da cartilagem.
- Rigidez articular: Perda permanente da amplitude de movimento.
- Necrose óssea: Morte do tecido devido à má vascularização.
Prevenção: como proteger o joelho
- Fortalecimento muscular: Exercícios para quadríceps e isquiotibiais.
- Uso de equipamentos: Joelheiras em esportes de contato.
- Evitar sobrecarga: Adequar a intensidade dos treinos.
Se você sofreu um trauma no joelho e suspeita de fratura, não espere! Agende uma consulta com um ortopedista especializado para diagnóstico preciso e tratamento personalizado.