As fraturas de tornozelo são lesões comuns na infância, especialmente durante brincadeiras, práticas esportivas ou quedas. Por serem mais ativas e estarem em fase de desenvolvimento ósseo, as crianças estão mais suscetíveis a esse tipo de trauma. Reconhecer os sinais e agir rapidamente é essencial para evitar complicações e garantir uma recuperação eficaz. Saiba como identificar uma fratura, os primeiros socorros e as opções de tratamento.
Causas comuns na infância
- Atividades físicas: Esportes como futebol, skate ou basquete, que envolvem saltos e mudanças bruscas de direção.
- Quedas: De bicicletas, parquinhos ou até mesmo durante corridas.
- Torções graves: Movimentos abruptos que sobrecarregam a articulação.
Sinais de alerta: como identificar uma fratura?
Os sintomas podem variar conforme a gravidade, mas os mais comuns incluem:
- Dor intensa e localizada, que piora ao tentar movimentar o pé;
- Inchaço e hematoma ao redor do tornozelo;
- Dificuldade ou incapacidade de apoiar o pé no chão;
- Deformidade visível (em casos mais graves, o tornozelo pode parecer desalinhado).
Primeiros socorros: o que fazer antes de chegar ao médico?
Se houver suspeita de fratura, siga estas orientações:
- Imobilize a região: Evite que a criança movimente o tornozelo. Use uma tala, revista dobrada ou até mesmo um travesseiro para estabilizar a área.
- Aplique gelo: Envolva uma bolsa de gelo em um pano e coloque sobre o local por 15 minutos para reduzir o inchaço.
- Mantenha o pé elevado: Isso ajuda a diminuir o edema.
- Procure atendimento médico imediatamente: Não tente “ajustar” o tornozelo ou dar analgésicos sem orientação.
Diagnóstico e tratamento
No hospital, o médico realizará exames como raio-X ou tomografia para confirmar a fratura e avaliar sua extensão. O tratamento depende do tipo de lesão:
- Fraturas simples (não deslocadas):
Imobilização com gesso ou tala por 4 a 6 semanas, seguida de fisioterapia para recuperar a mobilidade. - Fraturas complexas (deslocadas ou expostas):
Cirurgia para realinhar os ossos com placas, parafusos ou pinos. Após o procedimento, o gesso é utilizado até a consolidação óssea.
Recuperação e cuidados pós-tratamento
- Repouso: Evite atividades de impacto durante o período de cicatrização.
- Fisioterapia: Exercícios para fortalecer músculos e restaurar a amplitude de movimento.
- Acompanhamento médico: Radiografias periódicas garantem que o osso esteja se consolidando corretamente.
Como prevenir ?
- Calçados adequados: Opte por tênis com solado antiderrapante e bom suporte.
- Supervisão em atividades de risco: Brincadeiras em alturas ou esportes intensos devem ser monitoradas.
- Fortalecimento muscular: Alongamentos e exercícios de equilíbrio preparam o corpo para movimentos inesperados.
- Evite superfícies irregulares: Terrenos com buracos ou pisos molhados aumentam o risco de quedas.
Perguntas frequentes
1. Como diferenciar uma fratura de uma torção simples?
Fraturas geralmente causam incapacidade de apoiar o pé e deformidade visível. Torções leves apresentam dor e inchaço moderados.
2. A fratura pode deixar sequelas?
Com diagnóstico e tratamento adequados, a maioria das crianças se recupera totalmente. Casos negligenciados podem levar a artrose precoce ou deformidades.
3. Quando retomar as atividades físicas?
Apenas após liberação médica, geralmente após 2 a 3 meses, dependendo da gravidade.
Fraturas de tornozelo em crianças exigem atenção imediata para evitar complicações. Ao reconhecer os sinais, imobilizar a área e buscar ajuda profissional rapidamente, os pais garantem uma recuperação segura. Além disso, medidas preventivas reduzem significativamente os riscos de novas lesões.
Lembre-se: saúde óssea na infância é investimento para uma vida inteira!
Este conteúdo é informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de emergência, procure um serviço de saúde.