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Mitos e verdades sobre fraturas: o que todo ortopedista precisa saber para orientar pacientes 

Desmistificar crenças populares e orientar pacientes, explicando processos de recuperação com clareza.

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A compreensão correta sobre fraturas é essencial para garantir que os pacientes recebam as orientações adequadas quanto ao tratamento e à recuperação. Inúmeros mitos e crenças populares têm o potencial de prejudicar a eficácia dos cuidados prestados. Neste artigo, abordaremos alguns dos mitos mais comuns sobre fraturas, desmistificando-os e fornecendo informações úteis para ortopedistas na orientação de seus pacientes.

Mitos comuns sobre fraturas

“Quebrou o osso, não pode mexer”

Uma crença popular comuns sugere que qualquer movimento deve ser evitado após uma fratura, levando a ensinamentos de que o paciente não pode mexer o membro afetado.
Verdade: Enquanto a imobilização é necessária imediatamente após a fratura e nas fases iniciais da recuperação, a movimentação controlada é essencial para a reabilitação. Após a estabilização da fratura, o movimento leve e supervisionado pode ajudar a melhorar a circulação sanguínea, reduzir a rigidez e acelerar a recuperação. É importante que os pacientes sejam orientados a seguir as diretrizes do médico para a introdução gradual de movimento.

“Para fraturas, o repouso absoluto é necessário”

Outra ideia errônea é que os pacientes devem permanecer em repouso absoluto durante todo o tempo de recuperação.
Verdade: Embora o repouso inicial seja importante, a recuperação de fraturas muitas vezes envolve movimento, exercícios leves e fisioterapia, uma vez que a fase de consolidação óssea se Inicie. O repouso excessivo pode levar à atrofia muscular e a complicações “decorrentes da imobilidade”, como trombose venosa profunda.

“Alimentação não interfere na recuperação de fraturas”

Há quem acredite que a alimentação não desempenha um papel significativo na recuperação.
Verdade: Uma dieta equilibrada rica em nutrientes como cálcio, vitamina D e proteínas é crucial para a consolidação óssea. O cálcio é o principal mineral do osso, enquanto a vitamina D ajuda na absorção do cálcio. Proteínas são fundamentais para o reparo dos tecidos. Orientar os pacientes a manter uma alimentação saudável pode contribuir para um processo de recuperação mais eficaz.

“Automedicação é segura se a dor não for intensa”

É comum que pacientes recorram à automedicação para manejar a dor após uma fratura.
Verdade: A automedicação pode esconder sinais de complicações, como infecções ou fraturas não consolidadas. Além disso, medicamentos sem supervisão podem causar efeitos colaterais e interações indesejadas. É importante que os médicos aconselhem os pacientes sobre a utilização de medicamentos com orientação médica apropriada.

Explicando o processo de recuperação de fraturas

Imobilização x movimento precoce

Ortopedistas devem esclarecer que o tratamento inicial de fraturas envolve a imobilização do membro afetado para permitir a cicatrização, mas também que o movimento gradual, sob supervisão, é fundamental para evitar rigidez e promover a funcionalidade. As etapas de recuperação podem incluir:

  • Imobilização: Uso de gessos, talas ou outros dispositivos para estabilizar a fratura.
  • Introdução de movimentos leves: Após a fase inicial, o médico pode indicar exercícios para melhorar a mobilidade e a circulação.
  • Fisioterapia: Essencial para restaurar força, flexibilidade e funcionalidade ao membro afetado.

Importância da alimentação na consolidação óssea

Os médicos devem enfatizar a importância de uma dieta rica em nutrientes que apoiem a recuperação. Recomendações alimentares incluem:

  • Cálcio: Laticínios, vegetais de folhas verdes e peixes.
  • Vitamina D: Exposição ao sol, peixes gordurosos e produtos fortificados.
  • Proteínas: Carnes magras, ovos, leguminosas e frutos secos.

Educar os pacientes sobre como uma alimentação equilibrada pode impactar positivamente a cicatrização é um aspecto importante no processo de recuperação.

Riscos da automedicação

Como mencionado, a automedicação pode agravar a situação clínica. Os médicos devem alertar os pacientes sobre os riscos associados, tais como interação medicamentosa e mascaramento de sintomas. A recomendação é que qualquer dor ou desconforto seja sempre relatado ao médico, que poderá avaliar e prescrever o tratamento adequado.

Desmistificar mitos sobre fraturas é fundamental para garantir que os pacientes recebam informações precisas e adequadas sobre sua condição. O papel do ortopedista vai além do tratamento da lesão; envolver-se na educação do paciente em relação ao processo de recuperação, nutrição e a necessidade de evitar a automedicação são passos vitais para um desfecho positivo. Orientações claras e assertivas são ferramentas poderosas para promover a saúde e o bem-estar do paciente durante o processo de recuperação de fraturas.

Consulte seu médico!

O Portal da Ortopedia recomenda consultar um profissional especializado em caso de dúvidas sobre qualquer informação de nosso site.

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Fraturas

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