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Telemedicina na ortopedia: como implementar e monetizar atendimentos remotos

A telemedicina na ortopedia não é mais uma tendência, mas uma realidade lucrativa e eficaz.

Crédito: Freepik Crédito:

A telemedicina, impulsionada pela pandemia e regulamentada definitivamente no Brasil em 2022, revolucionou a ortopedia. Consultas de follow-up, orientações pós-cirúrgicas e até avaliações preliminares de fraturas agora podem ser feitas remotamente, reduzindo custos e ampliando o acesso. Neste artigo, exploramos como médicos e clínicas podem implementar e monetizar essa ferramenta, garantindo conformidade com as normas do CFM e excelência no atendimento.

O mercado da teleortopedia no Brasil

Dados da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina (ABET) mostram que 68% das clínicas ortopédicas adotaram atendimento remoto em 2023, principalmente para:

  • Acompanhamento pós-cirúrgico (45% dos casos).
  • Reabilitação motora via orientação online (30%).
  • Avaliação inicial de lesões esportivas (25%).

O modelo também é lucrativo: um estudo da KPMG revela que clínicas que oferecem teleortopedia aumentaram sua receita em 15-20% com consultas virtuais e pacotes de reabilitação remota.

Passo a passo para implementação

1. Escolha da plataforma

A plataforma deve ser intuitiva, segura e integrável a prontuários eletrônicos. Opções recomendadas:

  • Doctoralia: Oferece agendamento, videoconferência e cobrança integrada (R$ 299/mês).
  • Tasy Saúde: Sistema completo com PEP, laudos e telemedicina (sob consulta).
  • Proximus Ortopedia: Específica para ortopedia, com ferramentas de avaliação de amplitude de movimento via IA (R$ 450/mês).

Dica: Priorize plataformas com certificação SBIS/CFM e criptografia de dados para cumprir a LGPD.

2. Adequação às regulamentações

Resolução CFM nº 2.314/2022 estabelece regras para telemedicina:

  • Consulta inicial presencial: Obrigatória, exceto em urgências ou falta de médico na região.
  • Follow-up e pós-operatório: Podem ser 100% remotos, com consentimento do paciente.
  • Laudos e prescrições: Devem ter assinatura digital com certificado ICP-Brasil.

Atenção: Gravar consultas exige autorização por escrito do paciente.

3. Modelos de atendimento remoto

  • Pós-operatório: Pacotes com 3-5 sessões para monitorar cicatrização e ajustar medicamentos (ex.: R$ 300/paciente).
  • Reabilitação virtual: Parceria com fisioterapeutas para guiar exercícios via vídeo (cobrança por sessão ou pacote).
  • Segunda opinião: Especialistas revisam exames e sugerem tratamentos (R$ 150-500 por laudo).

Como monetizar a teleortopedia?

1. Assinaturas mensais

Ofereça planos de acompanhamento pós-cirúrgico (ex.: R$ 200/mês por 3 meses), incluindo:

  • 1 consulta virtual/semana.
  • Acesso a tutoriais de exercícios.
  • Suporte 24h para emergências.

2. Parcerias com planos de saúde

Convênios como SulAmérica e Bradesco Saúde já reembolsam teleconsultas. Negocie contratos específicos para:

  • Avaliação de dor crônica.
  • Acompanhamento de pacientes com próteses.

3. Venda de dispositivos wearables

Monetize integrando dispositivos de monitoramento:

  • Pulseiras inteligentes: Medem amplitude de movimento (ex.: Kinect Recovery, R$ 1.200/unidade).
  • Sensores de postura: Alertam sobre movimentos errados durante a recuperação (ex.: Upright Go, R$ 600).

4. Cursos online para pacientes

Grave vídeos educativos sobre:

  • Prevenção de lesões em atletas.
  • Cuidados com osteoporose.
  • Venda por R$ 50-150 ou inclua em pacotes premium.

Casos de sucesso: Clínica ortocenter (SP):

  • Implementou telemedicina em 2022 para follow-up de cirurgias de joelho.
  • Resultados: Redução de 30% nas reinternações e aumento de 25% na receita com pacotes remotos.
  • Estratégia: Usou a plataforma Viomed para conectar pacientes a fisioterapeutas e vendeu sensores de movimento com margem de 40%.

Desafios e soluções

  • Resistência de pacientes idosos: Ofereça treinamentos gratuitos por vídeo ou guias impressos.
  • Falta de infraestrutura: Comece com consultas por WhatsApp (apenas para orientações simples) e evolua para plataformas complexas.
  • Concorrência: Destaque-se com laudos detalhados ou integração a aplicativos de reabilitação.

O futuro da teleortopedia

Tendências apontadas pelo Hospital Albert Einstein:

  • Realidade aumentada: Para simular movimentos pós-cirúrgicos em 3D.
  • Assistentes virtuais com IA: Chatbots que respondem dúvidas comuns sobre recuperação.
  • Integração com prontuários nacionais: Unificar dados via Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

A telemedicina na ortopedia não é mais uma tendência, mas uma realidade lucrativa e eficaz. Para implementar com sucesso, invista em plataformas seguras, treine a equipe e explore modelos híbridos (presencial + virtual). Com a regulamentação clara e a demanda crescente por conveniência, médicos que dominarem essa ferramenta ganharão não apenas pacientes, mas também uma vantagem competitiva sólida.

Este conteúdo é informativo. Consulte um advogado especializado em saúde para adequação à LGPD e normas do CFM.

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